domingo, 25 de março de 2012

Esta música era do V.F. Agora é sua...

Minha Herança: Uma Flor

Vanessa da Mata

Achei você no meu jardim
Entristecido
Coração partido
Bichinho arredio

Peguei você pra mim
Como a um bandido
Cheio de vícios
E fiz assim, fiz assim

Reguei com tanta paciência
Podei as dores, as mágoas, doenças
Que nem as folhas secas vão embora
Eu trabalhei

Fiz tudo, todo meu destino
Eu dividi, ensinei de pouquinho
Gostar de si, ter esperança e persistência
Sempre

A minha herança pra você
É uma flor com um sino, uma canção
Um sonho em uma árvore ou uma pedra
Eu deixarei

A minha herança pra você
É o amor capaz de fazê-lo tranqüilo
Pleno, reconhecendo o mundo
O que há em si

E hoje nos lembramos
Sem nenhuma tristeza
Dos foras que a vida nos deu
Ela com certeza estava juntando
Você e eu

Achei você no meu jardim...

-> Porque as coisas mudam, sentimentos e músicas podem ser transferidos. Que tenhamos muita sorte, que eu tenha sempre flores pra te dar e canções pra te encantar.

terça-feira, 20 de março de 2012

BUSHIDO - Por Fábio Teixeira

"A vida pode ser pensada como uma sucessão de fatos. Um fato está encadeado exatamente após o anterior e pensar assim tem conseqüências. Desta maneira, o passado já não existe mais. O futuro ainda não aconteceu. A única coisa que passa a existir realmente é o momento presente. Se você compreende o momento presente, na verdade, você compreende sua vida inteira."

Um pensamento baseado no Bushido – O caminho do Samurai...

-> E um grande amigo me pontuando sempre, me ajudando a compreender a importância de se colecionar momentos...

ISSO QUE CHAMAMOS, TALVEZ POR ENGANO, DE AMOR: Enquanto isso no msn...

Juliene Leão diz:
enqto come me deixa contar de sexta???? deixa, deixa!!!

I.P diz:
diga!
tudo

Juliene Leão diz:
mta atenção... tente imaginar!

I.P diz:
hum

Juliene Leão diz:
errei no numero de pessoas, eram para apenas 10

I.P diz:
a peça?????

Juliene Leão diz:
não sabia onde estava, tinha te dito, não era um teatro, não era nenhum espaço cultural do meu conhecimento

I.P diz:
um quarto

Juliene Leão diz:
Eu só sabia do Titulo pelo e-mail q tinha recebido...
ISSO QUE CHAMAMOS, TALVEZ POR ENGANO, DE AMOR
o que obviamente me chamou mta atenção
havia uma porta bem pequena e uma escada
um dado momento o moço chamou, disse q poderíamos deixar os pertences numa caixa de fora para ficar mais à vontade
eu sempre desconfiada, não deixei nada...
entramos... era um apartamento
uma sala rodeada de caixas que eram pra assentar

I.p diz:
que cena!

Juliene Leão diz:
cozinha lá longe, quartos, um aparelho de som que tocava vinil
parecia bagunçado, era uma mudança
e nós, as 10 pessoas estávamos dentro do cenário
de um casal que separava e embalava coisas,
outras tentavam dividir
e por todas elas, brigavam,
intolerantes um com o outro

Juliene Leão diz:
andavam por todo "cenário", banheiro, cozinha...
retiravam as coisas das paredes, mofadas cenograficamente
as roupas tb eram mofadas, aquele amor estava estragado pelo tempo...

I.P diz:
interessante

Juliene Leão diz:
e seguiu se a história, trágica como qualquer coisa que provenha deste tal de amor
porém encenado magistralmente... Em seus mais minuciosos detalhes
havia uma champanhe, que ela havia o presenteado
ele nunca abriu, pois não bebia e ela nunca tinha reparado

I.P diz:
rsrs

Juliene Leão diz:
ao fim, eles se reencontraram, no mesmo apartamento de coisas mofadas, onde havia marcas de tudo q foi retirado da parede, vários vazios
ele voltou e agora bebia
e ela tentava parar de fumar
comemoravam um "não sei o que" de reencontro
com aquela timidez de primeira vz
com cuidado, com "redescoberta"
a peça era baseada na obra "O ovo apunhalado" de Caio Fernando Abreu
e foi distribuído taças
para que com aquela champanhe, nós 10
comemorássemos com eles, 15 anos sem "Caio".
Brindamos, todos assim meio atônitos, emocionados... As palavras foram surgindo para comentar: "É deste jeito mesmo"
Eunice Bráulio ao meu lado, tão pequenininha... Imensamente menorzinha que a admiração que eu tenho por ela!
e foi assim...
champanhe com bolo, pra que seja doce!
FIM
HÁ COMO NÃO AMAR CHAMPANHE, ARTE, AMOR E CAIO FERNANDO ABREU????

I.P diz:
Curti!!!!

Juliene Leão diz:
bem vindo ao meu mundo...


-> A Colecionadora recomenda!

http://www.ciadrastica.blogspot.com.br/2012/03/isso-que-chamamos-talvez-por-engano-de.html

quarta-feira, 14 de março de 2012

UTOPIA

E fui tratar de me entender com o tal sonho... A terapeuta sempre me pergunta o que eu sonhei e de vez em sempre não tenho nada a dizer, por não prestar atenção neles.

Mas daquele eu lembrei por todos esses dias, porque a sensação foi estranha. Nele, a vista, sempre da mesmíssima janela, a sempre presente de mim.

Interpreto. A tão falada janela são meus olhos pro mundo, porque quando olho por ela sou o mais íntimo de mim.

E entendí que era como é a minha realidade mesmo. Não sou vista como sou na janela, estou de longe apenas observando, com medo de chegar perto. Porque é sonho... É sempre tudo sonho.

terça-feira, 13 de março de 2012

Vestida de dia, um dia

Não era noite como habitual, não era nada trivial. Eu me vestia de dia, descompromissada com qualquer coisa que não fosse eu mesma. E me aparece assim em forma de possibilidade, um tanto assustadora pra quem tem um medo só...

E como uma avalanche de palavras e sentidos que não são de ver, ah como eu queria citar Setúbal em um dos meus preferidos, "Só Tu". Mas a mesma vontade que me faz ir, me manda voltar, ainda bem que ainda resta um sorriso pra te dar.

Contigo ficaria assim neste estado inebriante deste antes de dar a largada, neste tempo que relativamente passa suave, sem que possamos perceber, mas toca e remoe tudo que há de submerso.

Pra nunca conhecer toda eu. Pra poder devagarinho querer um tantinho a cada dia, e demorar pra acabar.

Te guardar como momento meu, me vestiria de noite pra ser verdade e alma nua pra merecer, pelo menos uma vez.

Mas tem muito do medo que é um só. Ainda sabendo que será momentâneo, o medo e todos os sentidos. Tudo é demasiadamente efêmero. E recolho todos os meus caquinhos, pra debaixo desse tapete de mim e olho pra janela, que agora é um perto longe que já vai passar!